domingo, 10 de janeiro de 2016

MALACARA DAS CISMAS



tamborilar na cuia com o nó dos dedos
enquanto sorvia o mate
era o sinal mais certo
de que o velho bugre havia montado no malacara das cismas
e eu o observava
e achava graça quando ele apertava o olhar no horizonte
que fantasmas será que via?
o guri cresceu num repente
me traio vez por outra
tamborilando
mateio
tenho agora meus próprios fantasmas
encabeçados por um bugre velho de cabelos longos
montado num cavalo de andar pesado
vejam só!
é o malacara!
que porqueira de vida pequena
qualquer dia desses serei fantasma também...